quarta-feira, 23 de março de 2011

Eurofarma Segmenta – Operando como Líder


Geraldo Magela Mol, VP da Eurofarma Segmenta

A fabricante brasileira de medicamentos genéricos Eurofarma fechou no ano pasado a compra da Segmenta, maior fabricante de soros hospitalares do Brasil. Terceira maior empresa do setor de genéricos, a Eurofarma ainda não estava presente na indústria de soros - que movimenta cerca de 1 bilhão de reais por ano no país.
Pertencente aos antigos donos do laboratório Biosintética (vendido ao Aché em 2005, por 600 milhões de reais), a Segmenta foi criada há pouco mais de dois anos, com investimentos próximos de 80 milhões de reais. Nesse tempo, conseguiu atingir a liderança de mercado no Brasil e faturar 140 milhões de reais em 2009. Em 2010, a empresa deve superar os 200 milhões de reais em vendas. Ela fabrica, além de soro hospitalar, produtos de limpeza pesada para hospitais e outros insumos laboratoriais.
Antes da Segmenta, a Eurofarma esperava crescer 14% em 2011. Agora, a taxa deve ultrapassar 20%. Uma nova empresa, a Eurofarma Segmenta, foi criada para juntar a área de medicamentos injetáveis de uso hospitalar da Eurofarma e a operação da Segmenta, que envolve, além de soros e dispositivos para sua aplicação, produtos para limpeza de hospitais e de higiene e assepsia para os médios e enfermeiros.


Fonte: Abrasp

"Essa será a primeira empresa brasileira a atuar só na área hospitalar. Com o crescimento dos planos de saúde e a profissionalização e consolidação dos hospitais, esse setor é onde estão as maiores taxas de crescimento do mercado farmacêutico", diz Geraldo Mol, que já era diretor executivo da Segmenta e agora é vice-presidente da Eurofarma-Segmenta. A nova empresa deve faturar R$ 500 milhões em 2011.
Em entrevista ao site PACIENTES ONLINE, Geraldo Mol, fala de perspectivas, mercado e atuação no País da nova empresa.

PACIENTES ONLINE – Como  você analisa esse novo “mercado”.  O que isso representa dentro da Eurofarma e qual a perspectiva de crescimento?Geraldo Magela Mol – Hoje existe uma estruturação em cima deste mercado. Palnos de saúde comprando hospitais, estrangeiras comprando industrias e laboratórios nacionais e, ainda uma profissionalização dos negócios voltados para a industria hospitalar. A Eurofarma para entrar em um novo segmento da saúde optou por focar em um mercado promissor e em um produto essencial para o hospital, o soro. Se fossemos levar para um outro lado, este seria o arroz com feijão do hospital. Essa aquisição foi para complementar o portifolio da companhia. Estamos operando desde dezembro de 2010. Dentro da Eurofarma, foi criada uma empresa para trabalhar dentro de um segmento hospitalar, ou seja, passou a representar uma boa fatia dentro da empresa, saltou de 13% passa para 30% com a aquisição da Segmenta. Hoje atuamos num mercado que anteriormente era visto como marginal por diversas razões. Para este ano, esperamos faturar por volta de R$ 500 milhões, que chega a 20% de crescimento em cima de 2010.

POL – A política será agressiva, como para os medicamentos?GMM – Sim. Nossa agressividade é feita com marketing, não temos o conceito de low cos - baixo preço, mas apostamos nas estratégias de marketing com preços competitivos. Isso vira um portfólio conjunto. Agora, a Eurofarma-Segmenta detem uma fatia muito maior do mercado de medicamentos e soluções hospitalares, além de soro hospitalar, produtos de limpeza pesada para hospitais e outros insumos laboratoriais.

POL – Como medir a qualidade dos produtos?GMM –  A segmenta era a sétima empresa em 2008 no ranking de produção e vendas. A líder na época era a Baxter. Hoje ocupamos a liderança e a Baxter caiu para quinto. Comparando com outros mercados, não é possível existir uma competitividade sem escala. Neste mercado não é diferente. Uma fabrica com produção menor que 5 milhões de unidades /mês se torna deficitária, por não ter uma faturamento que possibilite receita para investir em equipamentos, melhorias e qualidade. As pequenas que ainda atuam no mercado não têm um futuro muito promissor, ou elas vão para a produção em grande escala ou continuarão com a fabricação de soro para manter a venda de outros produtos. Hoje, o Brasil comporta no máximo seis empresas.

POL – Quanto a Eurofarma-Segmenta ainda pode crescer?GMM – A capacidade nominal é de 16 milhões de unidades/mês. Porem isso é uma utopia. Atualmente não é possível produzir este montante, mas nossa produção chega a 11 milhões de unidades por mês. Temos a possibilidade de chegar a 12 milhões. Porem existe um projeto de ampliação para o espaço da sexta linha.  Oferecemos bolsas e frascos do sistema fechado. Hoje isso é exclusividade da Segmenta.
 
Fonte: Pacientes Online

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